Já vimos que grande o seu amor para conosco. É fácil comprovar, à
luz das Escrituras Sagradas por nós aceitas, que a manifestação histórica do
amor de Deus pela humanidade não é seletiva. A história não confirma um Deus
que seleciona algumas dimensões da vida humana para ser alvo de seu cuidado e,
em outras, nos abandona à própria sorte. Exemplo maior dessa compreensão integral
são as palavras de Jesus:
Diante dos desafios que a condição de pobres, cativos, cegos e
oprimidos representa, Jesus assume três posturas como de responsabilidade sua:
evangelizar, proclamar e agir. Podemos dizer que a primeira indica que há uma
boa notícia em meio às dores humanas; a segunda pode ser relacionada com o
conteúdo da boa notícia e a terceira, com o resultado que se espera de quem é
alcançado pela boa nova.
Essas três palavras são aplicadas tendo em mente a pessoa humana.
Não é o empreendimento religioso chamado igreja ou o político chamado Brasil
que está no centro das atenções. Um empreendimento religioso ou político pode
ser forte a despeito e até à custa do sofrimento humano. Fixar os olhos na
igreja ou no país tem seu valor, porém, quando a humanidade é mantida em
destaque, o coração se nutre de compaixão. É o que percebemos quando lemos:
"Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam
aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor." (Mateus 9.36)
O texto acentua, também, que a presença do Espírito na vida de
Jesus era a evidência da unção, da legitimação espiritual; era a confirmação do
seu papel missionário no mundo.
Diante disso, não há como não sermos despertados para as
necessidades integrais de cada brasileiro ou não sermos constrangidos a
cumprirmos nossa missão, inspirados no exemplo de vida de Jesus, a fim de que
possamos ver todo um povo, o povo brasileiro, verdadeiramente livre.
Pr. Edvar Gimenes de
Oliveira
Igreja Batista da Graça, Salvador-BA